As perspectivas econômicas nacionais não são nada animadoras, tanto para 2016 quanto para o primeiro semestre de 2017, conforme informam os analistas financeiros. O Produto Interno Bruto está desacelerando e os economistas dizem que teremos encolhimento da economia neste ano, o que provoca até pesadelos nos empreenderes, principalmente os pequenos, os mais preocupados com a crise financeira e com o seu fluxo de caixa.

Para fases como essas, os administradores sempre orientam que o empresário fique longe de empréstimos, reduza os custos e reavalie sua posição no mercado. Mas também temos o outro lado da moeda, que não depende apenas do movimento interno da empresa, de suas vendas e de sua produção.

A instabilidade financeira que enfrentamos traz consequências diretas para o fluxo de caixa das empresas, fazendo com que tenham mais cheques sem fundo, maior inadimplência, menor movimento nas vendas, e tudo isso precisa ser controlado muito de perto, acompanhando e procurando manter as condições para que a empresa não esteja dentro do grupo de risco das que podem não superar a crise.

Como controlar a empresa para não cair no grupo de risco

Business accounting

 

O controle do empresário deve voltar-se para cancelamentos de compras, para falta de pagamento, para a gestão financeira mais adequada e pormenorizada, buscando manter o seu fluxo de caixa em equilíbrio, buscando alternativas para reduzir inadimplentes e para conduzir o barco durante a tempestade, gerando condições para manter a viabilidade econômica e financeira da empresa.

Para fugir do grupo de risco de empresas que possam quebrar durante a crise, é importante que o empresário feche negociações sempre de forma muito clara com o cliente, informando todas as condições que envolvem o pagamento e evitando cláusulas contratuais que não tragam qualquer resultado efetivo.

A negociação deve ser eficiente e clara, buscando manter o cliente consciente das necessidades de sua empresa como fornecedor, mostrando que você, como empresário, só poderá continuar se a empresa cliente puder colaborar com isso.

Para evitar contratempos e tornar o fluxo de caixa mais eficiente, o empresário pode encontrar uma excelente alternativa nos cartões de crédito. Outros métodos de pagamento podem ser facilmente burlados, como as compras através de boleto bancário, que podem ser mais facilmente canceladas, ou mesmo com cheques, que podem ser sustados ou devolvidos.

Trabalhando com vendas através de cartão de crédito ou de débito, não é preciso cobrar do cliente, já que se trata de uma cobrança direta, com serviço automatizado, agilizando para ambos os lados qualquer transação comercial.

Com esse método, além de ter em ordem seu fluxo de caixa, sabendo que irá receber o valor devido na data correta, você não terá preocupação nenhuma com juros, com inadimplência, já que é o cliente quem deve se preocupar em acertar suas contas com a administrador do cartão.

E, nesse caso, outro ponto favorável é que, em caso de necessidade de um fluxo de caixa antecipado, você pode pedir a antecipação de valores, quando tiver vendas parceladas.

Saídas para não ficar no grupo de risco

Para que sua empresa não fique no grupo de risco de empreendimentos que têm maior chance de quebrar, você precisa apenas cuidar bem de sua administração e manter a sua viabilidade econômica e financeira. A crise atinge todas as empresas e não existe este ou aquele grupo de empreendimento que tenha maior chance de quebrar ou sobreviver. Veja algumas recomendações para escapar do grupo de risco que hoje atinge todas as empresas brasileiras:

1.      Esteja sempre ligado nas notícias sobre a economia

A crise atinge quem acredita e quem não acredita nela. Por isso, é importante manter-se informado sobre tudo o que acontece no mundo econômico, principalmente naquelas notícias que se referem ao seu mercado de trabalho. Mantenha também constante contato com clientes, fornecedores e concorrentes para encontrar soluções para sua empresa e seu mercado.

2.      Tome decisões com cautela

Você não precisa parar com tudo que está fazendo e esperar a crise passar. Apenas tome cuidado com suas decisões, tomando iniciativas menos arriscadas, buscando manter um fluxo de caixa razoável e parando com investimentos que exijam mais dinheiro, com retorno mais prolongado.

3.      Não fique ultrapassado durante a crise

Mantendo-se informado sobre o mercado em que está atuando, você também tem possibilidades de se atualizar com relação a novos produtos e novas tecnologias. Não é porque estamos atravessando uma crise que você deve ficar parado no tempo. Fique sempre de olho nas novidades, alguma delas poderá ser a grande solução para sua empresa e seu ramo de atividades.

4.      Evite financiamentos e empréstimos

O seu controle financeiro é quem vai determinar se sua empresa terá fluxo de caixa suficiente para sobreviver aos momentos de crise. Não utilize de recursos financeiros alheios, não faça financiamentos ou empréstimos. Se tomar qualquer medida impensada, você poderá levar sua empresa não só para o grupo de risco, mas para a quebra total.

5.      Pense no futuro de sua empresa

Lembre-se sempre que a crise é o grande momento para novas oportunidades. A crise vai passar, e sua empresa deve manter sua viabilidade econômica e financeira. Mesmo se precisar engavetar algum projeto, mantenha-o vivo em sua mente e espere o momento certo, adaptando-o às novas condições.