A projeção do fluxo de caixa pode apresentar rapidamente as previsões de recebimento, de pagamento e a disponibilidade financeira em qualquer momento, se estiver atualizada. Com o fluxo de caixa atualizado, o empresário tem condições de verificar se há recursos para investimentos e criar um planejamento estratégico para a empresa, utilizando o seu próprio capital de giro.
O fluxo de caixa é o espelho da empresa, trazendo as entradas e saídas de dinheiro que ocorrem diariamente na empresa. Quando trabalhamos com as entradas e saídas, também precisamos criar a projeção do fluxo de caixa, com a mesma estrutura, mas com base na estimativa das entradas e saídas que irão afetar o caixa no futuro. Essas estimativas podem ser feitas de diversas maneiras, mas, no geral, trata-se da análise dos dados passados como base para projeção de cenários futuros.
Como montar a projeção do fluxo de caixa
Uma das maneiras mais práticas de criar uma projeção do fluxo de caixa da empresa para os meses futuros é começar pelas estimativas obtidas do orçamento da empresa, uma ferramenta de gestão que estabelece as previsões de receitas, de custos, de despesas e investimentos, de uma forma geral, montando um cenário com pelo menos 12 meses à frente.
O empresário, então, deve conhecer os seus prazos médios de recebimentos e pagamentos, ou seja, o tempo entre as datas de compra e de pagamento ao fornecedor e o tempo de venda e efetivo recebimento do dinheiro.
Aplicando os prazos médios de recebimento e pagamento conseguidos através do orçamento da empresa, o empresário pode ter uma base para a projeção do fluxo de caixa.
A importância de manter a projeção do fluxo de caixa
Fazer a projeção do fluxo de caixa, basicamente, é buscar saber se a empresa está ou não com condições financeiras no final de um período pré-determinado, procurando visualizar as possibilidades de crescimento.
Além de ser uma ferramenta auxiliar para o controle financeiro da empresa, a projeção do fluxo de caixa também é o melhor meio de ajudar na tomada de decisões. Mantendo o controle correto do fluxo de caixa, com uma boa projeção futura, o empresário sabe se terá saúde financeira para honrar com seus compromissos financeiros em qualquer momento futuro.
É preciso, no entanto, entender que o fluxo de caixa trabalha com a disponibilidade financeira da empresa, sendo totalmente diverso do resultado da empresa, ou seja, do lucro ou prejuízo que a empresa está apresentando. O demonstrativo de resultado mostra se a atividade é lucrativa ou não, o fluxo de caixa apresenta dados informando se a empresa terá dinheiro ou não no momento em que precisar dele, ou se terá de recorrer a fontes externas para manter os compromissos em dia.
Entender essa diferença é importante, uma vez que a empresa pode ter um bom volume de vendas e produção com boa margem de lucro, mostrando isso nos demonstrativos de resultados, mas pode estar com prazos médios mal dimensionados, não tendo disponibilidade líquida em caixa.
Com a manutenção dessas projeções bem detalhadas no fluxo de caixa, o empresário terá condições de tomar suas decisões com relação ao futuro da empresa, podendo pensar em investimentos e na distribuição mais acertada de recursos financeiros, podendo dar continuidade às suas operações com muito mais certeza e tranquilidade.
Assim, é possível programar, por exemplo, a compra de um novo equipamento industrial, os investimentos para ampliar a produção, o estabelecimento de uma nova unidade, ou seja, montar um caminho sólido para o futuro do empreendimento.
Programando o futuro, é possível estabelecer metas e objetivos dentro das possibilidades do empreendimento, sem sacrificar qualquer setor da empresa, mantendo a saúde do negócio e planejando o que a empresa deve buscar.
As etapas para a projeção do fluxo de caixa
O fluxo de caixa é um relatório gerencial específico, o que exige que seja adaptado às circunstâncias de cada empresa, isto é, cada empresário deve procurar organizar o seu fluxo de caixa de acordo com o que exige o seu empreendimento.
De uma forma geral, porém, a projeção do fluxo de caixa precisa estar montada sobre três etapas, para facilitar a compreensão do que existe na empresa, de quanto ela lucra com sua produção e do quanto gasta, buscando saber o quanto tem e quanto pode investir:
Atividades operacionais
A operação (industrial ou comercial) é o que mantém o funcionamento da empresa. Nessa etapa devem estar inseridas as receitas das vendas de produtos, mercadorias e serviços, os custos de produção, despesas de vendas e despesas administrativas, considerando desde compras de matérias primas, custos com logística, pagamentos e insumos. As atividades operacionais devem espelhar o cotidiano da empresa.
Atividades de investimento
Como investimento devemos considerar a aquisição de novas máquinas e implementos, desde equipamentos industriais até móveis e computadores, além dos investimentos e aplicações financeiras dos recursos obtidos com os lucros empresariais, com o objetivo de reduzir financiamentos.
Atividades de financiamento
Todo o movimento das atividades de investimento é que trarão uma visão geral sobre as atividades de financiamento. Nesta etapa estão os pagamentos de juros, a amortização de empréstimos e de financiamentos de máquinas e equipamentos que devem ser custeadas com a produtividade e a capacidade de investimento empresarial.
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